A apresentação do livro "Bairro Indígena Memórias do Esplendor e da Degeneração 1938/40-1966", do autor Juvenal Bucuane, terá lugar no dia 14 de dezembro de 2021, às 17h00 (hora de Moçambique). Devido ao decreto em vigor pelas autoridades moçambicanas, o evento será restrito e transmitido nas plataformas sociais, em direto, no Facebook e no Instagram da Alcance Editores.

O livro “Bairro Indígena Memórias do Esplendor e da Degeneração 1938/40-1966” narra factos relativos ao Bairro Indígena, entre os bairros Mafalala, Mincadjuine, kaTlavana, onde o escritor Juvenal Bucuane cresceu desde o seu primeiro ano de vida (1952) até a intempérie que se debateu sobre este subúrbio de Lourenço Marques, em janeiro de 1966. O bairro foi construído entre 1938 e 1940. Desde a sua construção passando pela sua ocupação, teve vários episódios que não eram senão uma comédia humana protagonizada pelos seus habitantes, cada um com as suas inconfundíveis características. O terrível ciclone denominado Claude. A partir de então, o rumo do bairro mudou, a partir da sua designação de Bairro Indígena passou para o Bairro de Munhuana, com uma pequena passagem pela designação: Bairro Popular da Munhuana.

Muitas personalidades de renome em todos os aspetos sociais, culturais (literatura, artes plásticas, desporto, jornalismo) económicas e políticas do país tiveram o Bairro Indígena como ponto de passagem e/ou como dos seus futuros voos na vida de Moçambique Independente. Hoje é um bairro que apenas vive das suas reminiscências, enfrentando um mar de contrariedades, dificuldades de todo o tipo em ressaltar o desalento em que as famílias vivem: problemas ambientais, desconforto em épocas chuvosas, défice de relacionamento entre os habitantes do lugar.