De acordo com o Alto-Comissariado das Nações unidas para os Refugiados (ACNUR), a população mundial forçada a viver fora dos seus locais de residência ultrapassava os 80 milhões de indivíduos no final de 2020, distribuídos entre deslocados internos forçados (que se encontravam no interior dos seus próprios países, mas que não podiam regressar à sua área de residência) e refugiados (que beneficiavam de proteção internacional num país estrangeiro). A maioria desta população forçada a deixar os seus espaços de origem devido a conflitos militares, perseguições políticas, religiosas, étnicas ou sociais e, cada vez mais, desastres ambientais, é proveniente de países do Sul Global, sendo também neles que encontra refúgio.
Este painel procura chamar a atenção para a crescente relevância do fenómeno das migrações forçadas na atualidade, procurando debater as suas causas (de caráter antrópico, de caráter natural e na intersecção entre os dois) e as respostas que se podem dar, tanto em termos de prevenção, como no domínio da mitigação e das denominadas soluções de longo prazo. Pretende-se ainda refletir sobre o futuro das migrações forçadas e sobre a proteção e a integração destes migrantes, não apenas no Sul Global, mas também nos países da Europa (tomando Portugal como uma das referências), incluindo-se aqui ideias acerca do modo como a ciência pode contribuir para ajudar a resolver os desafios em curso.
Oradores
Mónica Farinha (Conselho Português para os Refugiados)
Jorge Malheiros (IGOT e Colégio Tropical, ULisboa)
Alexander Kpatue Kweh (Fórum Refúgio Portugal)
Sónia Pereira (Alta-Comissária para as Migrações)
Terá lugar no Salão Nobre no Festival Internacional de Ciência
Bilhetes gratuitos em: fica.pt
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