Colégio Tropical reforça a sua presença no FIC.A - Festival Internacional de Ciência 2022 e acolhe perto de um milhar de visitantes

Com três exposições, atividades interativas dirigidas a vários públicos e um evento de discussão e networking sobre a sustentabilidade nos trópicos, o Colégio apresentou um programa estimulante, fruto do envolvimento de vários investigadores da ULisboa.

O FIC.A - Festival Internacional de Ciência assume-se como o principal evento de comunicação e divulgação de ciência no panorama nacional, assente sobre um programa com milhares de atividades implementadas por mais de uma centena de parceiros nacionais e internacionais. Neste contexto, o CTROP tem vindo a desempenhar um importante papel na apresentação não apenas da investigação desenvolvida nas escolas da ULisboa, mas também da que é realizada em colaboração com vários países das regiões tropicais, aumentando o espetro de participação da comunidade internacional neste evento.

Em 2022, o Colégio Tropical voltou a marcar presença no FIC.A, entre 10 e 16 de outubro, com um stand institucional de 50 metros quadrados – o dobro do ano anterior, evidenciando um significativo crescimento da oferta para os visitantes – que acolheu as interações com investigadores, e ainda uma área dedicada à exposição de fotografia “De Lisboa para os Trópicos”, somando cerca de um milhar de visitantes ao longo de todo o evento.

As exposições “No início era a semente” e “Há Vida na Terra: Plantas. Luz. Solo”, propostas e dinamizadas por Fernanda Bessa (coordenadora da Xiloteca Tropical), assumiram-se como conteúdos fixos do stand. Dirigidas inicialmente ao público escolar de todas as faixas etárias, as exposições foram igualmente bem-recebidas por adultos e famílias, motivados pelo seu dinamismo e diversidade de experiências, como jogos ou a observação em lupa binocular de sementes e de outras estruturas vegetais.

O programa apresentado pelo CTROP foi diariamente enriquecido por atividades propostas por investigadores de várias escolas da ULisboa, exibindo um vasto leque de áreas científicas ao público escolar: "Vem saber mais sobre a malária", com vários momentos, entre os quais a observação à lupa e microscópio dos mosquitos transmissores da malária, por Miguel Prudêncio, Raquel Azevedo, Carla Oliveira, Diana Fontinha, Catarina Rôla e Diana Moita, IMM; “Sabes que há água escondida no solo?”, dedicada ao ciclo da água e pegada hídrica, por Teresa Melo, Mariana Cordeiro e Thiago Nascimento, IST; “Jogo das Folhas”, sobre os métodos de classificação de plantas, por Maria José Santos, Anabela Pinto, Isabel Moura e Luís Catarino, ISA e FCUL; o jogo da “Resistência aos antibióticos”, apresentado por Mónica Cunha,  Ana Reis, André Pereira, Beatriz Ramos e Daniela Pinto, FCUL; “As plantas na saúde humana”, a incidir sobre as plantas medicinais e os seus fins terapêuticos, por Olga Silva, Noélia Duarte, Katelene Lima, Maryam Malmir, FFUL; “Uma viagem ao Cerrado brasileiro – Pesquisa de bioatividades em frutos do pequi”, sobre um fruto nativo do Cerrado Brasileiro e o seu potencial de aplicação em processos inflamatórios e tumorais, por Paula Batista Santos e Ana Cristina Ribeiro, ISA e FFUL, respetivamente; e o “Projeto MALMON”, cujo foco está nos mangais e nas comunidades humanas que lhes estão associadas, por Rui Sá e Pieter-Jan Keleman, ISCPS e ISA, respetivamente.

No Festival foi ainda apresentado uma nova iniciativa do Colégio intitulada “Conversas com cultura”, que reúne as valências de interação social, informação e discussão de tópicos relevantes e promoção da cultura de países tropicais. Neste âmbito, e figurando-se enquanto principal evento de networking do Festival, o “Conversas com cultura” ficou marcado pela mesa-redonda “Sustentabilidade nos trópicos: que desafios?”, um apontamento musical de origem cabo-verdiana e beberete. A mesa-redonda contou com a abertura por Pedro Patacho, Vereador da Câmara Municipal de Oeiras, e Cecília Rodrigues, Vice-Reitora da Universidade de Lisboa, e a participação de António Sampaio da Nóvoa, Reitor Honorário da ULisboa e membro do Instituto de Educação, Carla Gomes, investigadora do Instituto de Ciências Sociais, Jorge Palmeirim, professor e investigador da Faculdade de Ciências, e da jornalista Ana Daniela Soares da RTP enquanto moderadora.

Finalmente, importa ainda salientar a participação do CTROP no Programa Social do FIC.A nas vertentes de acolhimento de universidades seniores e da comunidade do Bairro dos Navegadores. Além das atividades no recinto do Festival, das quais também os seniores puderam usufruir, o CTROP levou conteúdos das exposições centradas nas sementes e na vida na Terra até ao Centro de Convívio do Bairro dos Navegadores, a convite da organização. Esta deslocalização na vertente de envolvimento da comunidade do Bairro dos Navegadores, fomentando a sua abertura à literacia científica e a participação dos mais novos e dos seus encarregados numa lógica lúdico-pedagógica. Foi com grande satisfação que se assistiu à extraordinária recetividade quer dos seniores, quer da comunidade do Bairro às atividades apresentadas pelo Colégio.

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